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Financiamento habitacional: 5 mudanças que facilitam o crédito da Caixa

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© Diogo Moreira/Divulgação Governo de São Paulo

Novas regras da Caixa tornam financiamento habitacional mais acessível para famílias de classe média

A partir desta segunda-feira (13), o acesso à casa própria ficou mais facilitado com as mudanças nas regras de financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal. O pacote, apoiado pelo governo federal, prevê a injeção de R$ 20 bilhões no crédito imobiliário, com expectativa de financiar até 80 mil novos imóveis até o fim do próximo ano.

Principais alterações no financiamento

Entre as medidas, destaca-se o aumento da cota máxima de financiamento para 80% do valor do imóvel e a elevação do teto de imóveis financiáveis pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Segundo a Caixa, essas mudanças beneficiam especialmente famílias com renda mensal acima de R$ 12 mil, que antes tinham dificuldade de acesso ao crédito habitacional fora das taxas de mercado.

A redução da entrada inicial permite que milhares de famílias, próximas de conseguir o financiamento, finalmente tenham acesso ao crédito. Antes, um imóvel de R$ 500 mil exigia entrada de R$ 150 mil; agora, a mesma propriedade requer apenas R$ 100 mil como entrada.

Uso do FGTS nos financiamentos

O FGTS também passa a ter alcance ampliado. Com o aumento do teto do SFH para R$ 2,25 milhões, imóveis de maior valor podem ser financiados utilizando saldo do FGTS, com juros regulados e benefícios antes restritos a faixas mais baixas. Os recursos do FGTS podem ser utilizados de três formas:

  • Como entrada, reduzindo o valor a ser financiado;
  • Para amortizar o saldo devedor, diminuindo parcelas ou prazo;
  • Para pagar parte das prestações, aliviando o orçamento mensal.

Conforme falado na matéria da Agência Brasil, o uso do FGTS é permitido para qualquer imóvel dentro do limite de R$ 2,25 milhões e financiado pelo SFH.

Quem pode se beneficiar

As novas regras foram pensadas para famílias de classe média, com renda acima de R$ 12 mil mensais. Compradores com renda inferior continuam contemplados pelo programa Minha Casa, Minha Vida, voltado à habitação popular. As condições valem tanto para imóveis novos quanto usados, e qualquer pessoa que atenda aos requisitos de renda, capacidade de pagamento e documentação pode solicitar o financiamento.

Como solicitar o financiamento

Para contratar o crédito habitacional, o interessado deve:

  • Reunir documentos, como comprovantes de renda, identidade e declaração de imposto de renda;
  • Fazer simulação online no site da –> Caixa para estimar o valor do crédito e das parcelas;
  • Procurar uma agência com os dados em mãos para formalizar a negociação.

Alterações nos recursos da poupança

O novo modelo de financiamento também muda a aplicação dos recursos da poupança:

  • Atualmente, 65% dos depósitos são obrigatoriamente destinados ao crédito habitacional;
  • 20% permanecem como depósitos compulsórios no Banco Central;
  • 15% ficam livres para outras operações bancárias.

Durante o período de transição, de 2025 até janeiro de 2027, os depósitos compulsórios cairão de 20% para 15%, com os 5 pontos percentuais adicionais aplicados no novo modelo. Após janeiro de 2027, o percentual obrigatório de 65% destinado à habitação será extinto, e até 100% do dinheiro da poupança poderá ser usado no crédito imobiliário.

Impacto e desdobramentos

Especialistas avaliam que as medidas da Caixa podem ampliar significativamente o acesso ao crédito imobiliário para famílias de renda média, impulsionar o mercado de imóveis e estimular a economia. A fase de teste até 2026 permitirá avaliar a eficácia do novo modelo, com previsão de funcionamento pleno a partir de 2027.

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